Por Redacção PortalPortuario.cl
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Após um ano de implantação do Sistema de Gerenciamento de Acesso Docas (SGAD), no Porto do Rio de Janeiro, a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), as empresas arrendatárias dos terminais e os usuários do porto avaliam os impactos do controle informatizado do acesso terrestre.
Com a automação do processo de permissão e do fluxo de caminhões, o porto ganhou em eficiência para todos os envolvidos na cadeia logística. Além da redução de custos, o sistema proporciona mais segurança e agilidade no processo.
O superintendente de Gestão Portuária do Rio de Janeiro e Niterói, Leandro Lima, lembra que antes da implantação do SGAD, as transportadoras reclamavam em relação à permissão de acesso ao porto, tendo em vista a demora para atendimento e o quantitativo de documentação física que deveria ser levada pessoalmente à Guarda Portuária. Além disso, qualquer veículo de carga podia acessar o porto, desde que cadastrado e estando o motorista de posse da permissão, mesmo sem motivação operacional.
“O porto se tornava uma base de espera de serviços das transportadoras e veículos de cargas avulsos, gerando um acúmulo de carretas e, consequentemente, diversos problemas logísticos”, explica o superintendente.
Atualmente, em decorrência da implantação do SGAD, além da rapidez no procedimento de cadastro e permissão de acesso, a entrada de carretas é condicionada a um agendamento prévio, onde consta a indispensável motivação operacional.
Segundo Leandro Lima, “essas regras possibilitaram uma expressiva redução na quantidade de veículos estacionados no interior do porto, melhorando a organização logística, com reflexo direto na dinâmica operacional”.
O superintendente destaca ainda que “o registro da entrada dos veículos em cada acesso do porto permite um melhor gerenciamento do fluxo rodoviário, com impacto positivo na eficiência logística”.
No levantamento estatístico do SGAD, já foram cadastradas no sistema um total de 3.769 empresas. Entre transportadoras, despachantes aduaneiros, agências marítimas, operadores portuários e prestadores de serviços, o sistema já contabiliza mais de 33 mil pessoas e mais de 37 mil veículos cadastrados.
O superintendente da Guarda Portuária, José Tadeu Diniz, ressalta que “desde junho de 2020, quando foram iniciados os testes do SGAD, os guardas do setor de credenciamento já registraram no sistema mais de 219 mil análises de documentos necessários para a emissão da permissão”.
O superintendente Diniz destaca que “na época da entrega presencial da documentação em papel, a resposta da análise demorava até 10 dias e, neste mês de abril, o tempo médio para retorno ao solicitante foi de 7h25min”.
Representantes das empresas arrendatárias dos terminais do Porto do Rio de Janeiro também avaliam positivamente o sistema.
O gerente de Operação Portuária do Terminal de Trigo do Rio de Janeiro (TTRJ), Márcio Silva, acredita que o SGAD foi uma evolução extraordinária para o porto.“Acabou o volume de papel, o atendimento presencial na Guarda Portuária, os custos com cartório, promovendo um atendimento rápido que beneficia a todos”.
Para o Diretor Institucional da Triunfo Logística, Mário Meira, “o Porto do Rio de Janeiro ganhou agilidade e competitividade com o SGAD”.
Segundo o gerente geral de Operações da ICTSI Rio, Alexandre Macena, o SGAD é um marco importante para o porto. “Saímos dos controles manuais, com tempos elevados para liberação do credenciamento das empresas, para um controle tecnológico, trazendo estatísticas para tomada de decisão, transparência, otimização aos nossos processos de autorização das entradas no porto, controles apurados de acesso, gerando a desburocratização dos processos e ganhos de eficiência. É perceptível nas interações que temos com nossos clientes, fornecedores e prestadores de serviço, o quanto o SGAD é importante para o crescimento do porto e dos negócios”.
SGAD
O sistema foi validado pela Autoridade Portuária, que definiu as regras e necessidades, e foi desenvolvido e doado pelas empresas arrendatárias dos terminais ICTSI Rio, MultiRio e Triunfo Logística, por meio do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Rio de Janeiro (Sindoperj).
O processo também teve a participação ativa da Associação Brasileira dos Usuários dos Portos, de Transportes e da Logística (Logística Brasil) e de representantes do setor de transportes de cargas.
Os testes do SGAD, que é integrado ao sistema de agendamento dos terminais, foram iniciados em junho de 2020 e o cadastramento online das transportadoras e dos despachantes aduaneiros foi concluído em maio de 2021.