Por Redacção PortalPortuario.cl
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O terminal da cooperativa Cotriguaçu, que é conectado pela ferrovia ao Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), completa 10 anos. Somente nos últimos cinco anos, mais de 2,8 milhões de toneladas de frango foram exportadas pela estrada de ferro.
Antes da conexão ferroviária, a cooperativa utilizava a rodovia para transportes de carga. O superintendente da Cotriguaçu, Gilson Luiz Anzielli, destaca que “a operação pela ferrovia é mais segura, emite menos carbono, e chega a ser cerca de 30% mais barata quando comparada ao transporte rodoviário”.
Essas vantagens também refletem nos números gerais da TCP. Segundo o gerente comercial e de atendimento ao cliente, Giovanni Guidolim, “em 2022, um em cada cinco contêineres de exportação chegaram ao terminal pela ferrovia, grande diferencial logístico da empresa, a única do sul do país com acesso direto à zona alfandegada”.
Entre 2018 e 2022, o número de TEU movimentados pela linha férrea da Cotriguaçu até Paranaguá subiu de 23.056 para 45.808, um incremento de 99% no transporte de frango para exportação. “O acesso ferroviário exclusivo à TCP, a agilidade nos recebimentos e carregamentos do navio e a infraestrutura da área de contêineres reefer (refrigerados) são diferenciais atrativos para nós”, destaca Anzielli.
A Cotriguaçu – Cooperativa Central é uma empresa brasileira, com sede no município de Cascavel, fundada por um consórcio de cooperativas agropecuárias da Região Oeste do estado do Paraná. A Unidade de Congelados da cooperativa é responsável por receber, armazenar e fazer a expedição de produtos congelados destinados à exportação e ao mercado interno. Ela possui uma câmara frigorífica capaz de armazenar 10 mil toneladas de produtos congelados, habilitada pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF).
A unidade de congelados conta com habilitação para armazenagem de produtos destinados ao mercado interno e exportação da União Europeia, Chile, Japão, Argentina, Paraguai e Uruguai. Além disso, possui o Certificado Halal, requisito obrigatório para exportar aos países muçulmanos, atestando que os animais foram abatidos conforme as leis Islâmicas.
“Temos um mercado internacional exigente, que busca produtos de qualidade e fabricados com responsabilidade. Estamos em um mercado em franca expansão, o que demonstra a competência e qualidade dos das cooperativas do oeste do Paraná”, afirma Anzielli.
A conexão ferroviária com a TCP é, principalmente, estratégica: o modal permite o transporte dos contêineres refrigerados, que são entregues em um amplo pátio reefer em Paranaguá. Atualmente a TCP é líder de mercado no segmento de carnes e congelados, com um parque que oferece 3.572 tomadas para a conexão de contêineres refrigerados. A expectativa para 2023 é de expansão deste número para 5.126 tomadas, bem como a construção de uma subestação de energia para sustentar o aumento.
“A TCP investe pesado na área de refrigeração e o retorno é a liderança mundial na movimentação de cargas congeladas de frango. Para mantermos o patamar de excelência entre os clientes estamos ampliando a área reefer em 43%. Desta maneira, iremos suprir a maior necessidade do setor pecuário: os contêineres refrigerados”, destaca Guidolim.
Apenas no último ano, a cooperativa investiu R$14,4 milhões na área de logística de congelados. Atualmente, o volume de congelados negociado entre a Cotriguaçu e empresas de transporte marítimo é considerado o terceiro maior do Brasil.