Draga de sucção remove mais de 2 milhões de metros cúbicos de material sedimentar em Itajaí

Por Redação PortalPortuario

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Desde que a Draga HAM 316, do tipo sucção (Hopper), chegou a Itajaí, na segunda quinzena de novembro, seu desempenho vem sendo registrado diariamente de forma precisa e pontual, totalizando um montante removido de 2.217.820 metros cúbicos, tendo como uma estimativa anual em até 4 milhões de metros cúbicos para serem dragados.

Sendo de extrema necessidade quanto ao recolhimento e remoção de materiais sólidos, a embarcação atua 24 horas ininterruptas, trabalhando permanentemente na dragagem ao longo do canal de acesso ao Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu – áreas a montante e jusante – do Rio Itajaí Açu e também nas áreas das Bacias de Evolução I (em frente aos portos de Itajaí e Navegantes), II (Baía Afonso Wippel – Saco da Fazenda).

De bandeira do Panamá, a draga HAM 316 foi fabricada na Holanda, construída em 1998, possui tonelagem bruta de 9.865 toneladas, e, comprimento de 128,46 metros por 22 metros de boca (largura). Sua capacidade de armazenamento de carga é de 11.409 quilos.

Além de garantir a segurança das entradas e saídas de navios maiores no Complexo Portuário, tem ainda o propósito emergencial de recuperar a profundidade do canal para até 14 metros, e, ainda, a importante finalidade de reduzir os impactos de inundações, fazendo com que a grande vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí, possa se dissipar. Nos últimos três meses, o município de Itajaí, e cidades vizinhas da região da AMFRI, assim também como em outras regiões do Estado de Santa Catarina, cidades sofreram com diversos pontos de enchentes e alagamentos trazendo enormes prejuízos para os munícipes.

“A dragagem é fundamental e importantíssima para trazer segurança à navegação. Do ponto de vista da Autoridade Marítima, se faz necessário o instrumento de dragagem para trazer a segurança à navegação, fazendo com que as embarcações possam entrar e sair com a folga necessária para evitar qualquer tipo de encalhe”, destacou o Diretor Geral de Engenharia da Superintendência do Porto de Itajaí, Jucelino dos Santos Sora.

A draga HAM 316, recolhe os sedimentos, carrega-os em sua cisterna, e, num raio de 5 milhas, o equivalente a 10 quilômetros de distância da saída do canal de acesso ao complexo, os dejetos são despejados num ponto indicado pelas autoridades ambientais como área de descarte (bota-fora), sendo depositados em alto mar.

De acordo com a empresa contratada, Van Oord, foram realizados nesta campanha de dragagem, 374 ciclos (ida e volta), e, com base na densidade na cisterna, cada ciclo apresenta 5.950 metros cúbicos coletados, totalizando um montante removido de 2.217.820 metros cúbicos, tendo como uma estimativa anual em até 4 milhões de metros cúbicos para serem dragados.

Atualmente, o canal tem uma média de 190 metros de largura e cerca de 14 metros de profundidade. A draga Hooper (HAM 316), do tipo sucção, chegou em novembro para substituir a draga holandesa Lelystad, e atua diariamente em paralelo com a draga NJORD, sendo esta que injeta potentes jatos de água no fundo do rio, fazendo com que sedimentos sejam eliminados junto com a correnteza.

“Itajaí é o único porto no Brasil a fazer dragagem permanente desde o ano de 1999, e, hoje, através da Assinatura do contrato de Arredamento Transitório, é que pudemos garantir receita para o ano que vem, para a manutenção de contrato de manutenção da draga, que é o maior contrato disparado e de maior custo para o Porto de Itajaí, sendo em torno de 70% do nosso custo mensal, num custo de aproximadamente 7 milhões de reais por mês. Esse contrato foi prorrogado por mais um ano, pois é o que a legislação atua e permite”, pontuou o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.

“Com isso, nós vamos ter a garantido pela empresa Van Oord, que é uma das 5 maiores empresas de dragagem do mundo, empresa holandesa, ao qual continuará efetuando a dragagem do Porto de Itajaí pelos próximos 12 meses. Esse contrato prorrogado nos garante os índices de profundidade, item este que nos últimos meses, foi extremamente difícil de manter em virtude do elevadíssimo ou até mesmo extraordinário volume de chuvas ocorridas em Itajaí. Nossos níveis atualmente de profundidade encontram-se totalmente estabilizados, dentro dos parâmetros de dragagem”, disse.


 

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