Por Redação PortalPortuario
@PortalPortuario
Os empresários paranaenses têm no Porto de Paranaguá a principal rota de exportação e contato com os outros países. De acordo com um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2023 foram exportados US$ 16.210.875.476 em produtos paranaenses pelos terminais estaduais, o que representa 64% dos R$ US$ 25.278.475.649 exportados ao todo ao longo do ano passado.
O governo federal considera na metodologia o local do último processamento da mercadoria como Unidade da Federação de origem.
“A proximidade e estratégias logísticas são os pontos fortes dos portos paranaenses, por isso somos reconhecidos pelo governo federal como melhor gestão portuária do Brasil, há quatro anos consecutivos. O resultado destas estratégias é a alta produtividade: em 2023 batemos o recorde movimentação anual de 65 milhões de toneladas movimentadas”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Segundo dados da Portos do Paraná, entre as cargas com maior destaque está o fertilizante, sendo o Porto de Paranaguá a principal porta de entrada da commodity no País. O porto também é o maior canal de exportação de frango congelado do mundo, aproveitando o protagonismo do Paraná no segmento, com 34% de participação na produção nacional, e está em segundo lugar nacional na movimentação de soja para exportação.
Apenas em 2023 os empresários paranaenses exportaram seus produtos por 54 destinos diferentes. Estão na lista outras localidades do Paraná, como a Alfândega de Curitiba (US$ 39.959.028), em 18º, ou próximos, como a Alfândega de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina (US$ 69.505.746), em 15º. Também há registro de exportações em locais distantes, como Porto de Manaus (US$ 665.592), Porto de Vitória (US$ 357.650) e Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (US$ 409.649).
Depois de Paranaguá, aparecem entre as principais portas de saída dos produtos paranaenses o Porto de São Francisco do Sul, com US$ 2.949.841.942, Inspetoria da Receita Federal de São Borja (US$ 995.404.968), Porto de Santos (US$ 888.155.343), Alfândega de Uruguaiana (US$ 847.811.074), Alfândega de Foz do Iguaçu (US$ 703.336.606), Porto de Itajaí (US$ 618.052.568), Porto de Rio Grande (US$ 494.620.436) e Aeroporto Internacional de Guarulhos (US$ 325.163.928).
Outro estudo do Ipardes com base nos dados do MDIC aponta que os US$ 16.210.875.476 em produtos paranaenses exportados por Paranaguá representam mais de 50% do portfólio de estados que a empresa pública do Paraná atende. Em 2023 também foram exportados produtos de 24 Unidades da Federação.
Além do Paraná, aparecem na sequência Mato Grosso do Sul (US$ 4.084.451.517), Mato Grosso (US$ 2.628.409.844), São Paulo (US$ 2.368.041.517), Goiás (US$ 1.379.633.165), Santa Catarina (US$ 788.629.977) e Rio Grande do Sul (US$ 472.706.973).
“Os dados demonstram que o Porto de Paranaguá é utilizado por exportadores de todo o País. Ou seja, ele é estratégico não somente para o Paraná, como também para o Brasil”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.
Com a receita de US$ 25.278.475.649 oriundas de vendas para outros países em 2023, o Paraná estabeleceu um novo recorde anual de exportações. O valor foi 13,7% superior ao resultado obtido pelo Estado em 2022, quando a receita foi de US$ 22,1 bilhões, e também representa um crescimento muito acima do nacional, que foi de apenas 1,7% no mesmo período.
No total, as mercadorias produzidas no Estado desembarcaram em 215 destinos. Os maiores compradores foram a China (US$ 7,1 bilhões), a Argentina (US$ 1,5 bilhão) e os Estados Unidos (US$ 1,4 bilhão), responsáveis por 28%, 6,3% e 5,8%, respectivamente, do total comercializado pelo Paraná em 2023. O México aparece em quarto, fechando a “lista do bilhão”, com US$ 1.021 bilhão.
Como já ocorreu em anos anteriores, a soja foi novamente o principal destaque das exportações paranaenses, respondendo por 23,5% do total vendido pelo Estado ao Exterior em 2023. Na sequência, aparecem a carne de frango in natura (com participação de 14,5%), o farelo de soja (7,7%), os cereais (5%) e o açúcar bruto (4,5%).