Por Redação PortalPortuário

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As obras de demolição de uma rocha submersa no Porto de São Francisco do Sul, iniciadas na semana passada, continuam. O objetivo da obra é remover a enorme pedra, localizada ao lado de um dos cais do terminal marítimo.

A medida permitirá que os navios carreguem ou descarreguem mais 1.500 toneladas de mercadorias na área portuária a cada viagem que fizerem ao cais brasileiro.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, fiscalizou as obras de demolição e ressaltou que “eles estão pedindo isso há 30 anos e ninguém fez e nós estamos fazendo. Isso dará mais capacidade para quem está trazendo carga para cá ou recebendo carga de Santa Catarina.”

“Foi uma visita muito produtiva, estou muito feliz de estar aqui para comemorar, para fazer o ano de 2025 vibrar e ele já está vibrando com o trabalho lindo que o Porto de São Francisco está fazendo”, completou Mello.

A obra de remoção do afloramento rochoso de 370 metros cúbicos, equivalente ao tamanho de cinco contêineres, está sendo realizada pela empresa Náutica Marítima Serviços e custará US$ 1,9 milhão. A pedra está localizada a uma profundidade de 12 metros, no Píer 101.

O objetivo da remoção é atingir uma profundidade de 14 metros, já que atualmente os navios precisam realizar uma manobra extra ao atracar, o que aumenta os custos.

“A obra permitirá o embarque de 1.500 toneladas adicionais de produtos em cada navio. A demolição representa um ganho operacional significativo, com redução de custos e tempo para toda a comunidade portuária, tornando o Porto de São Francisco mais competitivo entre os terminais brasileiros”, disse o presidente do porto, Cleverton Vieira.

A demolição será realizada por métodos mecânicos de alta precisão, sem uso de explosivos. Martelos de fundo de poço e rompedores hidráulicos fragmentarão a rocha submersa e uma escavadeira hidráulica removerá o material. Essa técnica minimiza o impacto ambiental e garante a segurança de toda a operação. Nesta primeira etapa, a previsão é que as obras sejam concluídas até o final de janeiro. Serão perfurados 4.500 furos na rocha e depois ela será dividida mecanicamente com um cinzel (cada furo mede 10 centímetros de diâmetro).

“Os navios não conseguiam transportar toda a carga e era necessário movimentá-la por navio, gerando um custo extra de US$ 16,5 mil para colocar toda a carga. “Isso nos permitirá acomodar melhor navios maiores e ter a melhor localização para a carga com o menor custo”, disse o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral.

Dada a grande movimentação de grãos no Cais 101, a obra será realizada em duas etapas. Na primeira etapa, que vai até o final de janeiro, serão realizadas perfurações na rocha. Durante o período de colheita da soja, que geralmente dura até outubro, as obras serão interrompidas para permitir a drenagem completa. Após o término do ciclo da soja, o trabalho será retomado no desenvolvimento das próximas etapas.