Antaq escolhe primeiro projeto para iniciativa que impulsionará a transição energética nos portos

Por Redação PortalPortuario

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A Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) do Brasil escolheu o projeto Green Grant como o primeiro tema a ser implementado dentro do ambiente regulatório experimental, conhecido como sandbox regulatório, iniciativa que tem como objetivo selecionar empresas interessadas em ocupar e desenvolver áreas ociosas em portos organizados, destinadas à implementação de projetos inovadores centrados na transição energética, que envolvam tecnologias emergentes e métodos de trabalho associados.

A inscrição para as empresas que quiserem participar da primeira ideia será aberta no próximo dia 10 de novembro e estará disponível até 9 de dezembro. A convocação de propostas será publicada na segunda-feira, 3 de novembro, e espera-se que o resultado final seja anunciado em fevereiro de 2026.

A diretora e relatora do processo, Flávia Takafashi, afirmou que “introduzir o tema da transição energética neste ambiente experimental será uma forma de estimular a inovação no setor portuário, promovendo o alinhamento entre as políticas públicas, a inovação regulatória e o compromisso ambiental”.

O ambiente de testes regulatório permite que uma empresa teste produtos e serviços inovadores durante um período específico, sob normas distintas das de outras empresas e sob a supervisão da Agência. Ao final desse período, é realizada uma avaliação dos possíveis benefícios ou riscos para a sociedade.

A implementação do projeto Green Grant contribui para a modernização do setor portuário, para o cumprimento das obrigações internacionais assumidas pelo Brasil e para a construção de uma cultura comprometida com a sustentabilidade.

Flávia Takafashi explicou que “os portos brasileiros, devido ao seu extenso litoral e à sua relevância na cadeia logística nacional e internacional, podem se consolidar como centros industriais e logísticos líderes para a economia de baixo carbono”.

Além disso, destacou que o projeto Green Grant “é extremamente importante para atrair a implementação de centros de inovação nos portos públicos, o que agregará valor ao setor e a todo o ecossistema portuário”.

Ela também destacou que os portos gerenciam equipamentos e suprimentos para projetos de energia renovável, têm o potencial de abrigar centros de produção, armazenamento e exportação de combustíveis ecológicos, e podem apoiar o fornecimento de combustíveis menos poluentes aos navios.

O projeto, com duração de quatro anos, se concentrará em áreas de interesse como a geração de energia renovável; a infraestrutura para combustíveis alternativos; a eletrificação das operações portuárias; o abastecimento de combustível (o processo de fornecimento de combustíveis limpos aos navios); o desenvolvimento de inovação e tecnologia voltadas para a descarbonização e a sustentabilidade.

Além disso, tem foco na análise do ciclo de vida completo dos recursos; no desenvolvimento de novas tecnologias como o fornecimento de energia elétrica em terra (OPS) e a eletrificação; e na adaptação às mudanças climáticas e na resiliência climática. Os investimentos deverão ser realizados exclusivamente pelo concessionário.


 

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