Por Redação PortalPortuario
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A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) do Brasil aprovou um estudo que pesquisou o Porto de Itaqui (MA), Terminal Privado de Pecém (CE), Porto de Paranaguá (PR), Porto de Santos (SP) e Terminal Privado de Açu (RJ). A análise apontou que os cinco complexos portuários oferecem incentivos para embarcações com menor pegada de carbono.
Essas instalações portuárias foram selecionadas por suas pontuações positivas no Índice de Desempenho Ambiental (IDE), seus projetos de transição energética em andamento e sua experiência em descarbonização e aplicações de hidrogênio verde.
Segundo a revisão, os benefícios estão presentes em descontos nas tarifas ou prioridade de atracação, o que indica um alinhamento gradual com os objetivos globais de redução de emissões.
Outro ponto levantado foi a existência de Planos de Descarbonização, considerados essenciais pelos portos avaliados. Atualmente, o Porto do Açu já conta com um plano consolidado, e outras instalações portuárias estão desenvolvendo o mesmo documento.
Nesse sentido, as principais iniciativas adotadas incluem a instalação de painéis solares para geração de energia limpa, a contratação de energia renovável certificada, a substituição de equipamentos de combustão por elétricos, a modernização da infraestrutura elétrica e o desenvolvimento de parcerias estratégicas para avaliar e implementar o uso de combustíveis de baixo carbono.
Emissões de GEE
Dos cinco portos avaliados, três contam com inventários completos de emissões de GEE: o Porto de Santos, o Porto de Itaqui e o Porto do Açu. Os outros dois estão em processo de contratação desse serviço.
Nesse sentido, o Porto do Açu se destaca por apresentar um inventário mais amplo, incluindo o Escopo 3, que abrange as emissões de atividades como dragagem e transporte logístico, principais responsáveis pelo volume total.
Recomendações
O estudo recomendou a criação de um Plano Nacional de Hidrogênio Verde e a implementação de incentivos fiscais para acelerar o fornecimento e a adoção de combustíveis limpos.
As parcerias público-privadas também são consideradas cruciais para desenvolver infraestrutura e corredores de exportação verdes, enquanto os investimentos em pesquisa e desenvolvimento podem reduzir custos e aumentar a competitividade das tecnologias sustentáveis.
Quanto às parcerias estratégicas, a análise destacou a iniciativa de implementar corredores de transporte ecológicos (corredores verdes) que ajudem cidades e portos a reduzir as emissões do transporte marítimo global ao mesmo tempo em que melhoram a qualidade do ar das comunidades costeiras.
Diante dessa situação, o projeto também apresentou um guia de boas práticas e recomendações para a descarbonização do setor portuário brasileiro, cujo objetivo é consolidar experiências e diretrizes para a descarbonização do setor. O principal objetivo do documento é difundir recomendações e boas práticas focadas na descarbonização.












