Por Redação PortalPortuario
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O Complexo Industrial Portuário de Suape completou 47 anos de existência com uma série de investimentos projetados para o futuro. Nos próximos três anos, a instalação receberá R$ 1,3 bilhão (USD 243,7 milhões) para desenvolver obras de infraestrutura com recursos próprios da empresa estatal.
Entre as iniciativas previstas, destaca-se a construção dos Cais 6 e 7, que ampliarão a capacidade operacional e permitirão atender novas demandas do setor. A expansão também prepara o porto para atender ao aumento da produção da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, a maior indústria instalada no complexo e atualmente em processo de ampliação.
O diretor-presidente do complexo, Armando Monteiro Bisneto, destacou que “já somos o sexto maior porto público do Brasil, temos 90 empresas instaladas, 12 polos de desenvolvimento e impulsionamos o mercado de trabalho com mais de 30 mil empregos diretos e indiretos”.
Armando Bisneto também enfatizou que Suape se prepara para se consolidar como uma base de energia limpa, com projetos bilionários que já atraem grandes investidores nacionais e internacionais.
“A governadora Raquel Lyra tem atuado intensamente pelo desenvolvimento do complexo. Em recente missão internacional, fortaleceu articulações com investidores estratégicos para consolidar Suape como um hub de transição energética”, afirmou o gestor do complexo industrial portuário.
Entre os empreendimentos que simbolizam essa nova fase está a primeira fábrica de e-metanol do Brasil, da empresa dinamarquesa European Energy, que investirá R$ 2 bilhões em uma área de 10 hectares dentro do complexo. A obra deverá gerar 1.500 empregos diretos e indiretos e entrar em operação em 2028.
Outra indústria, da GoVerde Holding, já confirmou sua instalação com porte e investimento semelhantes. Em parceria com o Senai Pernambuco, Suape também abriga o Senai Park, um centro de inovação e tecnologia inaugurado em outubro deste ano, que recebeu R$ 100 milhões e prevê captar outros R$ 200 milhões em novos projetos.
Suape também avança na sustentabilidade portuária com a construção do primeiro terminal de carga e contêineres 100% elétrico do Brasil, sob responsabilidade da APM Terminals, subsidiária da Maersk. O investimento bilionário, de R$ 2,2 bilhões, ampliará as rotas e conexões internacionais do complexo.
O polo farmoquímico ganha força com a expansão da Indústria Aché (R$ 267 milhões) e a chegada da Blau Farmacêutica — investimento de R$ 1 bilhão e geração de 1.400 empregos —, além do avanço na criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que abrirá novas oportunidades comerciais, inclusive para o setor do agronegócio.
Outro marco importante é a dragagem do canal interno e da bacia de evolução, uma obra de R$ 217 milhões. A intervenção permitirá que o porto receba navios de grande porte, como os petroleiros da categoria Suezmax e os porta-contêineres New Panamax, de 366 metros de comprimento, com profundidade de 16,2 metros.












