Por Redação PortalPortuario
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O Paraná exportou USD 1,45 bilhão em produtos para 167 países em janeiro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O valor corresponde a 5,8% do total de vendas do Brasil ao Exterior, que alcançaram USD 25,18 bilhões no mesmo período.
O principal item enviado pelo Paraná foi a carne de frango in natura, com vendas de USD 333,73 milhões, respondendo por 23% de toda a pauta de exportações do Estado. O valor é 30,2% superior ao que foi enviado do mesmo produto em janeiro de 2024, quando USD 256,40 milhões (13,5% de participação) foram exportados ao mercado internacional.
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Na sequência aparecem soja em grão (USD 103,99 milhões e 7,2% de participação), farelo de soja (USD 97,09 milhões e 6,7%), açúcar bruto (USD 87,57 milhões e 6%) e cereais (USD 82,47 milhões e 5,7%).
Papel, madeira compensada ou contraplacada, celulose, café solúvel e automóveis fecham a lista de principais itens enviados ao exterior. Sao destaques o café solúvel e automóveis, que registraram variação de 48,8% e 70,7%, respectivamente, na comparação com 2024.
Quando comparado com outros estados, o Paraná foi o sétimo maior exportador no mês de janeiro deste ano, atrás de São Paulo (19%), Rio de Janeiro (13,3%), Minas Gerais (12,2%), Pará (7,4%), Rio Grande do Sul (6,6%) e Mato Grosso (6%). Em 2024, o Estado foi o 5º maior exportador do Brasil, alcançando USD 23,3 bilhões, acima do Pará (em 6º) e Rio Grande do Sul (em 7º).
As estimativas apontam para o crescimento das exportações paranaenses ao longo de 2025, devido a expectativa de uma boa safra de grãos com a colheita de 45,2 milhões de toneladas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, as perspectivas são positivas para 2025, considerando que deverão ser gerados excedentes agrícolas exportáveis em grande volume durante o ano. “Os prognósticos de safra apontam para uma produção estadual de soja próxima do recorde, o que deverá favorecer as exportações paranaenses nos próximos meses, uma vez que a oleaginosa é um importante item da pauta das vendas externas”, destacou.
Quanto aos destinos das mercadorias produzidas no Paraná em janeiro, a China se sobressai como principal parceira comercial, responsável por 11,1% de participação e aquisições de USD 160,32 milhões. A Argentina, que faz divisa com o Estado, aparece em 2º lugar, com USD 97,52 milhões e 6,7% de participação, seguida de Estados Unidos (USD 94,37 milhões e 6,5%), Irã (USD 58,66 milhões e 4%) e Emirados Árabes Unidos (USD 55,91 milhões e 3,9%).
Paraguai, Bangladesh, Índia, México e Tailândia completam a lista de 10 maiores compradores do Estado que, juntos, responderam a quase metade das exportações do Paraná, com 46,9%. No total, os produtos paranaenses desembarcaram em 167 mercados diferentes, alcançando desde clientes tradicionais, como países europeus, grandes economias asiáticas, América do Norte e os vizinhos da América do Sul, até nações pouco conhecidas, como Chade e Togo, países do continente africano.
No sentido contrário, o Paraná importou diversos tipos de produtos, com destaque para adubos e fertilizantes (USD 171,79 milhões), produtos químicos orgânicos (USD 144,93 milhões), autopeças (USD 121,23 milhões), produtos químicos diversos (USD 85,05 milhões) e máquinas e instrumentos mecânicos diversos (USD 79,84 milhões). O Estado importou USD 1,69 bilhão em janeiro de 2025.