Por Redação PortalPortuario
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A movimentação de cargas paraguaias pela TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, segue em forte expansão em 2025. Entre janeiro e outubro, foi registrado um crescimento de 29% no volume total movimentado, que passou de 7.659 TEUs em 2024 para 9.880 TEUs em 2025. O avanço é impulsionado principalmente pelas exportações, que cresceram 54% e alcançaram 5.792 TEUs, e pelas importações, que registraram alta de 5%, passando de 3.897 para 4.088 TEUs no mesmo período.
O principal motor desse crescimento são as exportações de carne bovina, que registraram um salto de 67% no comparativo anual. Entre janeiro e outubro de 2025, o volume embarcado somou 68 mil toneladas, contra 41 mil toneladas no mesmo período de 2024.
O resultado consolida a carne congelada como o principal produto exportado pelo Paraguai via TCP, representando cerca de 8% de toda a carne bovina embarcada pelo Terminal até outubro, que foi de 838 mil toneladas.
“O menor tempo de trânsito é um diferencial crítico para cargas sensíveis, como carnes. Além disso, a TCP conta com o maior pátio para armazenagem de cargas refrigeradas (reefer) da América do Sul, com 5.268 tomadas, e equipes especializadas no atendimento e operação deste tipo de carga, o que garante segurança e qualidade ao longo de toda a operação. Essa combinação de infraestrutura e previsibilidade tem sido determinante para o crescimento da movimentação paraguaia”, avalia Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP.
Após as carnes, a madeira aparece como o segundo produto mais exportado pelo Paraguai via Paranaguá, com 6,6 mil toneladas e avanço de 5% no período. Também se destacam as importações de produtos e artigos têxteis, produtos diversos, e defensivos agrícolas.
Essa diversificação nos produtos e a expansão das movimentações refletem a busca de empresas paraguaias por rotas mais ágeis, previsíveis e competitivas. Cerca de 80% do comércio exterior do Paraguai utiliza a Hidrovia Paraguai–Paraná, que conecta o país vizinho aos portos de Montevidéu e Buenos Aires, trajeto sujeito a variações de calado do rio nos períodos de estiagem, além de taxas onerosas de pedágio por tonelada transportada.












