Por Redacção PortalPortuario.cl
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O Porto do Itaqui fechou o primeiro trimestre de 2022 com 6,2 milhões de toneladas de cargas movimentadas, o que representa crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Destaque para o volume de soja, que cresceu 29%, e de milho, com alta de 137% em comparação ao primeiro trimestre de 2021.
Só em março foram movimentadas 2,5 milhões de toneladas de cargas, o melhor março da história do porto público do Maranhão. Teve recorde na soja, com 1,48 milhão de toneladas, superando a marca de 2015, quando o volume de grão, movimentado no mês, chegou a 1,43 milhões de toneladas, e nos derivados de petróleo para o mercado interno, com 393,9 mil toneladas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil deve ter uma safra recorde de grãos neste ano, com colheita estimada em 258,9 milhões de toneladas. A estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) foi divulgada na última semana.
Em plena expansão
Para atender a demanda de escoamento dessa produção de grãos, bem como de toda a grande cadeia logística do agronegócio, que envolve também combustíveis e fertilizantes, o Porto do Itaqui vem expandindo a sua infraestrutura e investindo em inovação para garantir mais produtividade e fortalecer as diversas cadeias produtivas movimentadas.
Com o Tegram operando em modo expandido, o que inclui dois berços em atividade simultânea, além do terminal da VLI, a expectativa é fechar 2022 com um volume superior às 13,9 milhões de toneladas de grãos movimentadas.
No caso dos fertilizantes, o terminal da COPI, que iniciou suas operações há um ano, conta com um sistema com capacidade para movimentar até 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, além de possibilitar um aumento de até três vezes na produtividade do berço 101. A estimativa é movimentar 3,5 milhões de toneladas até o final do ano.
Uma possível retração na importação dessa carga, que chega principalmente da Rússia, em razão da guerra com a Ucrânia, deverá ser compensada por maiores volumes importados de novos mercados, como o Canadá, Marrocos, Tunísia, Egito e Irã.
Ao longo do ano estão em andamento a ampliação dos terminais de granéis líquidos, investimentos em acessos ferroviários, com o avanço do projeto da pera ferroviária (ramal ferroviário em formato de pera), de médio e longo prazo.
No início deste mês foi entregue a expansão do Terminal 1 da Granel Química no Itaqui, elevando a sua capacidade de armazenagem para 96 mil metros cúbicos, o que representa um incremento de cerca de 30%. A movimentação de granéis líquidos estimada para este ano é de 9,2 milhões de toneladas.
Também foi entregue neste mês o berço 99, investimento da Suzano no porto público, que inclui um armazém em fase de conclusão. Em leilão realizado em 2018, a empresa assegurou o direito de investir e explorar a área por 25 anos, prorrogáveis até o limite de 70 anos. Essa infraestrutura é estratégica para a ampliar o volume de exportação da celulose produzida em Imperatriz (MA).
Além dos investimentos privados no porto público, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) anunciou, em março, um pacote de R$ 500 milhões a serem executados com investimentos próprios ao longo dos próximos três anos. O pacote inclui obras em estrutura de cais, projetos na área de tecnologia, saneamento e um conjunto de iniciativas para reforçar a capacidade de movimentação de cargas do Porto do Itaqui.
A partir do novo patamar atingido pelo volume de 31 milhões de toneladas de cargas movimentadas em 2021, o Porto do Itaqui, além de se consolidar como hub de grãos e combustíveis para o Centro-Norte do país, contribui para o desenvolvimento do Maranhão e de sua área de influência, por meio da atração de negócios que geram emprego e renda a partir da atividade portuária.