Por Redacção PortalPortuario.cl
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A Santos Port Authority (SPA) lançou o edital de chamamento público para doação de projetos visando à implantação e gestão do túnel submerso ligando Santos e Guarujá.
As autorizações emitidas pela SPA devem ser publicadas no site do Porto de Santos (www.portodesantos.com.br) no prazo de até 15 dias após o recebimento dos requerimentos. Uma vez autorizados, os participantes terão 120 dias para apresentar suas concepções à Autoridade Portuária.
Os estudos devem levar em conta as necessidades de mobilidade urbana entre os dois municípios para atender pedestres, ciclistas, automóveis e transporte público (ônibus intermunicipal e VLT, por exemplo).
O diretor-presidente da SPA, Fernando Biral, considera a obra emblemática, tendo em vista sua importância para a mobilidade urbana e para o Porto de Santos.
“É um empreendimento de mobilidade urbana que, em conjunto com a ampliação da capacidade das avenidas perimetrais portuárias em Santos e Guarujá, exerce um grande efeito positivo nas condições de trafegabilidade de veículos entre as duas cidades. Garantirá maior segurança da navegação, comparado com a opção da balsa e das viagens de catraias, e um maior aproveitamento do canal de navegação, com consequente aumento da eficiência na operação portuária”, afirma.
O diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da SPA, Bruno Stupello, explica que os projetos recebidos farão parte da modelagem da desestatização da SPA para que o túnel seja feito pelo futuro concessionário, conforme entendimento existente entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Infraestrutura (Minfra).
“O plano A é que o projeto seja investimento obrigatório do concessionário privado do Porto. Mas o processo pode ser desenvolvido separadamente se os estudos demonstrarem que há viabilidade técnica e econômica”, comenta.
Os estudos para desestatização do Porto de Santos avançam de forma célere e a previsão é de que o leilão ocorra em 2022.
Stupello destaca que o empreendimento propiciará uma logística mais racional para a região, redistribuindo o tráfego de veículos e caminhões na malha urbana.
“Com o aumento do fluxo e do tamanho dos navios no canal de navegação, recém-homologado para embarcações de 366 metros, a perspectiva é de que no médio prazo haja uma redução de intervalo entre as manobras. O túnel submerso desempenhará um papel estratégico, contribuindo, sensivelmente, para garantir a segurança da navegação nesse novo cenário e uma boa relação entre o Porto e as cidades”, explica.