Brasil: Presença feminina no TCP aumenta 1.955% nos últimos 20 anos

Por Redacção PortalPortuario.cl

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Thais Marques

A presença feminina entre os empregados do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) aumentou 1.955% nos últimos 20 anos, passando de 11 mulheres que ocupavam predominantemente funções administrativas, para 226 mulheres que atualmente ocupam também cargos operacionais, técnicos e especializados. Atualmente, cerca de 20% do quadro de funcionários da empresa é ocupado por mulheres.

A gerente de Recursos Humanos, Thais Marques, disse que os modelos modernos de gestão aliados à tecnologia favorecem a inserção das mulheres em um segmento onde, por muito tempo, o trabalho masculino predominou.

“Há vinte anos, a presença feminina era tímida. Hoje, as oportunidades são amplamente oferecidas e plenamente preenchidas com muito profissionalismo e competência, demonstrando que não há limites de gênero para quem busca se desenvolver com seriedade e comprometimento, seja qual for a carreira”, disse Marques.

Presenciando a transformação que o setor passou nas últimas duas décadas, Lusinete Smek, Coordenadora de Manutenção, começou a trabalhar na TCP aos 25 anos. Nascida na Medianeira, interior do Paraná e recém-chegada a Paranaguá nessa época, ela viu a empresa como uma oportunidade de crescimento. Formada em Administração de Empresas, casada e mãe de dois filhos, ela acredita que as mulheres estão avançando na conquista de seu espaço.

“Aqui na TCP estamos agindo rápido, nossa CFO é mulher, temos mulheres na operação, logística, gestão, coordenação e operadoras de grandes equipes. Quando entrei na empresa, era a única mulher do setor. O restante ficou na área administrativa e financeira”, lembrou Smek.

Durante o período, várias barreiras foram ultrapassadas. Para a gerente de RH da TCP Thais Marques, isso aconteceu pelo simples fato de as funções serem e sempre serão para quem quer preencher e fazer um bom trabalho.

“Sem dúvida, paradigmas como o sexo frágil foram mais do que quebrados. Temos exemplos reais de mulheres extremamente corajosas e altamente comprometidas, demonstrando profissionalismo acima do gênero e demonstrando o valor de perfis que complementam e geram sinergia na execução das rotinas”, comentou a gerente.

Lusinete comentou que, num primeiro momento, encontrou dificuldades e que isso lhe custou perseverança. Um dos principais obstáculos era a discriminação cultural e o medo.

“Mas foi amor à primeira vista, me apaixonei pelo terminal. Aqui tudo é enorme, navios, equipamentos, pilhas de contêineres. A satisfação de trabalhar aqui é muito maior do que as barreiras”, explica o coordenador.

Lusinete Smek

Para ela, a inserção da força feminina na área portuária é necessária e justa, pois as mulheres são capazes, competentes e contribuem muito com o mercado de trabalho. Comparando a realidade do setor hoje e quando começou, ele diz que há muito menos preconceito e que as diferenças estão se estreitando visivelmente.

Para ela, as oportunidades hoje são oferecidas com naturalidade, independente do gênero.

“Devemos isso às mulheres fortes que lutaram para mudar isso, encorajando os outros e mostrando que são capazes e preparados, e aos homens fortes e iluminados que nos apoiaram”, enfatizou Smek.

Na avaliação de Thais Marques ainda há espaço para mudanças e, para isso, é necessário reforçar que o valor está na competição e que os perfis masculino e feminino se complementam, não há lugar para os estigmas de um gênero é melhor que outro.

“Incentivar o respeito à diversidade em nossas relações, valorizando principalmente a competência técnica das pessoas, sejam elas homens ou mulheres. Podemos promover o relacionamento colaborativo, não só nas relações profissionais, mas principalmente nas relações pessoais, como um dos principais desafios da projeção da mulher no o mercado de trabalho continua sendo uma questão pessoal, como a herança das responsabilidades domésticas como papel da mulher”, avaliou a executiva.


 

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