Por Redação PortalPortuario
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Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu recebe nova draga de sucção (Hopper). Draga holandesa Utrecht chega para iniciar nova etapa de dragagem de manutenção. Vindo do Porto de Santos (SP), a draga Utrecht, do tipo sucção (Hopper), com bandeira da Holanda, chegou a Itajaí na última sexta-feira, 19.
Fabricada na Holanda, a draga Utrecht foi construída em 1996, possui tonelagem bruta de 26.016 toneladas, e, comprimento de 159,65 metros por 28,03 metros de boca (largura). Sua capacidade de cisterna (armazenamento) de carga é de 18.292 metros cúbicos de sedimentos.
Desde que chegou, o equipamento iniciou sua operação atuando 24 horas ininterruptas com os serviços de dragagem, sem previsão de data ainda para encerrar este novo ciclo no complexo portuário.
Esta é a segunda vez que a Draga Utrecht vem para realizar a continuidade dos trabalhos de dragagem de manutenção. Sua primeira vinda ao complexo ocorreu em janeiro de 2019.
Com o propósito principal de garantir a segurança das entradas e saídas de navios maiores no Complexo Portuário, recuperando a profundidade do canal para até 14 metros, tem a finalidade também de reduzir os impactos de inundações, ao promover uma grande vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí. No último trimestre de 2023, a cidade de Itajaí, entre outras localizadas na região da AMFRI, e, também de outras regiões do Estado de Santa Catarina, diversas cidades sofreram com diversos pontos de enchentes e alagamentos.
De extrema necessidade para auxiliar na remoção de materiais sólidos, a embarcação estará atuando permanentemente na dragagem ao longo do canal de acesso ao Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu – áreas a montante e jusante – do Rio Itajaí Açu e também nas áreas das Bacias de Evolução I (em frente aos portos de Itajaí e Navegantes), II (Baía Afonso Wippel – Saco da Fazenda).
Todas as dragas que chegam ao complexo, para realizar os serviços de dragagem de manutenção, senda elas por sucção, não sendo diferente também com a Utrecht, a mesma recolhe os sedimentos, carrega-os em sua cisterna, e, num raio de 5 milhas, o equivalente a 10 quilômetros de distância da saída do canal de acesso ao complexo, os dejetos são despejados num ponto indicado pelas autoridades ambientais como área de descarte (bota-fora), sendo depositados em alto mar.
“A Autoridade Portuária de Itajaí tem uma preocupação perene com a dragagem de manutenção no complexo portuário. Garantir a segurança de navegação para as embarcações é fundamental, pois as profundidades estão todas habilitadas em suas cotas, tanto no canal interno com 13,5 metros e 14 metros no canal externo. Cabe reforçar que estas medidas de profundidade foram homologas e publicadas recentemente pela Autoridade marítima, a Marinha”, destacou o Diretor Geral de Engenharia, Jucelino dos Santos Sora.
“Para o Porto de Itajaí e seu complexo portuário num todo, nas próximas semanas, com total apoio do Governo Federal, será feito um repasse de recursos financeiros, objetivando e garantindo a manutenção permanente de dragagem. Itajaí é o único porto no Brasil a fazer dragagem permanente desde o ano de 1999. É primordial mantermos o Rio entre 13 e 14 metros de profundidade, já que o Rio Itajaí Açu, caso parasse de se dragar, voltaria para a sua profundidade média que é de 8 metros”, pontuou o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.
“Sabemos dos desafios que são para manter este serviço, pois a Superintendência do Porto de Itajaí possui seu maior contrato de custo, em torno de 70% do nosso orçamento mensal, num valor de aproximadamente 7 milhões de reais. Temos um contrato de dragagem vigente até dezembro deste ano, com a empresa Van Oord, empresa holandesa, sendo uma das 5 maiores empresas de dragagem do mundo”, adicionado.
O canal de acesso aos portos tem uma média de 190 metros de largura e cerca de 14 metros de profundidade. De acordo com a Superintendência do Porto de Itajaí, a draga Utrecht, do tipo sucção, estará ainda atuando em paralelo com a draga NJORD, sendo esta que injeta potentes jatos de água no fundo do rio, fazendo com que sedimentos sejam eliminados junto com a correnteza.
“Com a vinda da draga Utrecht, por ser extremamente importante tê-la em nosso complexo, estará atuando diariamente, sem parar, objetivando acima de tudo pela recuperação da profundidade do canal de acesso ao complexo portuário e demais áreas necessárias. Certamente quando seu relatório de volumetria estiver disponível, veremos que o montante dragado poderá ser superior ao volume dragado com a draga HAM 316 em sua última campanha, quando foram dragados num curto período, mais de 4 milhões de metros cúbicos de sedimentos, que equivalem a 800 mil caçambas cheias. Para o conhecimento da população, esse montante atinge ainda mais de 1.2 milhão de metros cúbicos que foram dragados com a obra de alargamento da praia central de Balneário Camboriú”, conclui Fábio.