Por Redação PortalPortuario
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O navio da BYD?Shenzhen desatracou no Porto de Itajaí na manhã deste domingo (1), às 11h, após quatro dias de operações ininterruptas 24?horas por dia. Com capacidade para embarcar carga roll-on/roll-off (Ro?Ro), a embarcação descarregou 7.292?veículos elétricos e híbridos – a maior movimentação de veículos da história do Brasil em uma única escala.
A operação foi conduzida sob um rigoroso planejamento de stowage planning, garantindo o sequenciamento ideal de descarga por berço. Utilizamos guindastes mobile harbor cranes (MHC) para otimizar o tempo de turnaround e reduzir ao máximo o laytime. A logística para o escoamento rodoviário contou com operadores de yard posicionados estrategicamente no pátio de veículos, assegurando agilidade na liberação das unidades. Toda a comunicação entre o agente marítimo, a autoridade portuária e os órgãos anuentes seguiu o padrão de compliance do trade portuário.
“A operação no BYD?Shenzhen – a maior movimentação de veículos na história portuária nacional – foi realizada com total eficiência em termos de taxa de atracação e produtividade de píer. Isso demonstra a consolidação do Porto Federalizado de Itajaí como um hub portuário de alto valor agregado. Quando assumimos a gestão, herdamos um terminal ocioso; hoje, entregamos uma operação plug-and-play que gera emprego, receita tributária e movimenta o comércio exterior. É o proof?of?concept de que este porto volta a ser cinco estrelas em eficiência e competitividade”, afirmou o superintendente João Paulo Tavares Bastos, destacando o efeito multiplicador na cadeia logística.
Além de reafirmar Itajaí como um gateway portuário para cargas de alto valor, esta operação movimentou uma quantidade expressiva de veículos equivalentes em backhaul logístico: as unidades descarregadas seguirão para centros de distribuição e concessionárias em todo o país via trechos rodoviários. A execução contou com o suporte de rebocadores no canal de acesso, sessão ininterrupta de amarração e desamarração nos cabos de proa e popa, além de monitoramento do calado para assegurar segurança na manobra.
O impacto econômico se estende aos operadores de terminais, despachantes aduaneiros, montadoras e exportadores: a liberação dessa carga de valor agregado incrementa a arrecadação municipal (ISS) e estadual, movimenta o mercado de seguros de transporte e fomenta oportunidades diretas e indiretas para a mão de obra portuária. Nos próximos dias, será publicado o balanço operacional detalhado. Essa performance reforça a retomada do Porto de Itajaí como referência em carga de alto valor e servirá de case no trade portuário brasileiro.












