Por Redacção PortalPortuario.cl
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A Wilson Sons anunciou que incorporou o padrão IMO Tier III que reduz em mais de 75% os níveis de emissão de óxidos de nitrogênio.
A tecnologia está sendo implantada nos quatro rebocadores da empresa que estão sendo construídos no estaleiro do Grupo no Guarujá. O custo total para implementar os padrões IMO Tier III é de USD 290.000.
“O óxido de nitrogênio é um gás de efeito estufa, que pode ser 300 vezes mais poluente do que o próprio dióxido de carbono. O Tier III é um grande diferencial desse projeto e mostra o quanto estamos na vanguarda da indústria naval brasileira”, destaca Rodrigo Bastos, diretor de operações da unidade de Rebocadores.
O primeiro rebocador construído com este padrão deve entrar em operação já em fevereiro do próximo ano e o segundo, em agosto. O projeto é da Damen Shipyards, parceiro da Wilson Sons há mais de 25 anos, e as embarcações terão 80 toneladas de tração estática (TBP), 25 metros de comprimento e 13 metros de boca, com notação de classe Escort Tug.
Com a tecnologia, os novos rebocadores estarão em conformidade com as exigências de algumas regiões do mercado norte-americano e europeu, determinadas pela Organização Marítima Internacional (IMO) como áreas de controle de emissões.
“A IMO, da qual o Brasil é signatário, vem avançando na estratégia para reduzir as emissões de gases geradores do efeito estufa no setor marítimo. A Wilson Sons está sendo pioneira no Brasil atendendo os requisitos do padrão Tier III, visto que não é uma exigência para o território nacional, se antecipando a uma eventual regulamentação no país”, explica Bastos.
Nestes projetos, a Wilson Sons também utilizará outra tecnologia pioneira no mercado, o “twin fin”, um conjunto de quilhas que aumenta a capacidade de arrasto durante as manobras, e melhora a performance do rebocador. Com isso, para uma mesma tração, menos potência é demandada e, consequentemente, há uma redução no consumo de combustível e emissões.
Outro aliado na proteção do meio ambiente é a Central de Operações (COR), que monitora o deslocamento dos rebocadores, definindo o melhor momento para a movimentação, controlando a velocidade e o consumo de combustível, com o objetivo de garantir maior eficiência, evitar desperdícios e, consequentemente, reduzir a emissão de gases. Recentemente, a Companhia também se tornou membro do Carbon Disclosure Project (CDP) e obteve resultado superior à média das empresas do setor de apoio marítimo latino-americano.
“A Wilson Sons já possuía uma agenda forte ligada ao meio ambiente e sempre atuou para evitar o uso excessivo de combustíveis, além de participar de ações como o Projeto Praia Limpa e de projetos como o Parque de Naufrágios Artificiais de Pernambuco. O que está acontecendo agora é um planejamento mais sólido, com foco no curto, médio e longo prazos”, comenta o diretor.